quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mãos

É a mão que se estende e que seguras. É a mão segura que se estende.
Cravas as unhas sem sentir.
É a salvação que chega, a única possível.
Depois da recusa é preciso aceitar.

Vem Lídia, vem sentar-te ao meu lado.
Deixa os outros. Deixa os sonhos. Deixa o futuro que jamais existirá.
A salvação é esta.
O supremo egoísmo de quem gosta através de.
Nunca sem intermediários. Que muitas vezes é o seu próprio corpo. É sempre.

Nunca agarres a mão. Espera que ela se estenda.
Não craves tu as unhas, deixa que elas se cravem em ti.

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