quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Para ti, nua...

Nua. Sempre me viste nua. Sempre me deixei a mim em ti, no despojo dos amantes...
Na modorra dos dias em que o que importa não é o tecido. Nua.
Da fragilidade, a maior força. Da fragilidade à maior dor.
No corpo se guarda e do corpo é preciso tirar. Raspar. Queimar.
Quando se deixam os artifícios, o que se perde é tudo.
Nua.
A minha mãe sempre me avisou para ter cuidado com os resfriados.

1 comentário:

  1. Estava quase a chorar até à última frase...

    Minha pequena Mário Henrique de Leiria...:P

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